quarta-feira, 26 de março de 2008

Único









Uno ao liso
Uno ao rumo
Sensação ilimitada do limite


Texto: Maremfrente.
Fotografia: Foto Nóbrega.

sexta-feira, 21 de março de 2008

À Poesia













Vou de comboio…
Vou
Mecanizado e duro como sou
Neste dia;
- E mesmo assim tu vens, tu me visitas!
Tu ranges nestes ferros e palpitas
Dentro de mim, Poesia!

Vão homens a meu lado distraídos
Da sua condição de almas penadas;
Vão outros à janela, diluídos
Nas paisagens passadas…
E porque hei-de ter eu nos meus sentidos
As tuas formas brancas e aladas?

(...)

Miguel Torga


Foto: Dom Quixote -Visão

Floresceu













Mundo das flores.
Interiores abertos.
Tudo no ar
dos afectos

Imagem límpida das cores


Fotografia e texto: Maremfrente.

quarta-feira, 19 de março de 2008

de Bragança











Família real, 1900 (col. A. Afonso)


Nasceu no Palácio de Belém, a 19 de Março de 1889, e recebeu o nome de Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio.
O infante, em primeiro plano à direita da imagem, era filho de D. Carlos I e de D. Maria Amélia de Orleans. Casou, já depois de destronado, com sua prima a Princesa Augusta Vitória de Sigmaringen.
Foi cognominado o Patriota ou Desventurado pelo seu amor à Pátria e desventura no seu reinado.
D. Manuel era o segundo filho de Carlos I e subiu ao trono por morte de seu pai e irmão que foram assassinados. Muito jovem, sem estar preparado para ser rei, sentiu muitas dificuldades.
Demitiu João Franco e nomeou um governo de coligação chefiado por Ferreira do Amaral. Contudo, as liberdades concedidas por este governo à oposição viriam a permitir que esta reforçasse os seus apoios.
À monarquia eram atribuídos todos os males da Nação e, para o partido republicano, só a mudança de regime podia salvar o País.
No dia 4 de Outubro de 1910, em Lisboa, eclode a revolução republicana. Na manhã do dia seguinte foi proclamada a República por José Relvas e Eusébio Leão. A monarquia dava lugar à República.
D. Manuel II é afastado e embarca com a família para o exílio. Apesar do governo República o impedir de regressar, com os bens da Casa de Bragança criou, por testamento, a Fundação da Casa de Bragança que doou a Portugal.
D. Manuel II foi o 34.º e último rei de Portugal (1908-1910).Faleceu em Twickenham, Inglaterra, a 2 de Julho de 1932 sem deixar descendência. Os seus restos mortais regressaram à Pátria, a seu pedido, com todas as honras. Jaz no Panteão de S. Vicente de Fora, em Lisboa.

LOPES, C. Figueiredo, História Cronológica de Portugal.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Imagem repetida








Agradeço ao mar
de novo
o traço traçado
do seu rosto
antepassado

Fotografia e texto: Maremfrente.



segunda-feira, 10 de março de 2008









Sendo mesmo o tempo curto à beira rio
Desfolha as flores que a Primavera nos deu
Que os cabelos que a brisa descobriu
São palavras que o rio adormeceu



In Do Silêncio…, pág. 85.