Ainda quentes
por dormir e sem saber
se tornas
descem a praia calmas espalmadas
tuas mãos de rosas brancas
depois das palmas cantas…
Mãos de mar
que deixam tão longe o areal
murmurar
em fantasias a brincar
às escondidas
e ao húmido sol as madressilvas…
Marujo,
madruga uma alma
em cujo relento marulho marulha…
e a areia canta
das tuas mãos
brancas
que é o que as faz
serem altas e mansas
longas e breves
vazias e cheias
de nada
que só se sabe
e só se ouve
cantar…
Hei-de voltar
por isso um dia
todo o tempo da minha vida
marujo ao mar
daquela praia antiga
In Ondulações, pág. 71.
Fotos: via net
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)