quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Flor esta

Um rumor de brisa apenas
Pintou-lhe o interior dos espaços
Traço do traço vertical
Horizontal

(e a sós sobem a ver o mar!)

Rio modesto essencial
Sem ciência e sem caudal
Natural
Onde o tempo habita
E a vista dois caminhos
A igual distância

Fotografia e texto: Maremfrente, 23.02.12

1 comentário:

Anónimo disse...

O silêncio evoca a sublimação; meditação pura e simples no ato da paragem.
A viagem que a precede intenta ser renovada ou revolucionária.
A comunhão com a natureza é a certeza da nossa origem: raiz existente, outrora mais presente, agora difusa.
Há este frémito fervor doado pelas palavras; há este beber urgente da natureza,nossa fonte e também pureza. Gostávamos todos de ser, o ser que somos, mas não o somos, porque não sabemos ser... na viagem ou perdemos o trilho ou demarcámo-nos do nosso destino...
Como sempre ando a atrever-me neste espaço, como uma provocação, mas atiça-me a vontade face às fotos genuinas e aos textos de entrelinhas.
Agora já não sobra nenhuma icógnita, o risco não foi calculado, o enigma foi desvendado.